segunda-feira, 5 de outubro de 2009

Atelier de Paris

  • Les Ateliers Moret imprimeurs en taille-douce.
  • 8 rue Saint-Victor Paris V
  • Um grande abraço para o Didier Manonviller...

terça-feira, 29 de setembro de 2009

Apresentação illustrada do processo + texto

Aqui um texto resumindo a técnica.(clique para ler).

Clique AQUI e Renaissance Presse, studio americano, vai lhe mostrar o processo

segunda-feira, 20 de julho de 2009

Preparação do documento fotográfico

É preciso um positivo fotográfico: quer dizer uma fotografia com todos os meios-tons em preto e branco, sobre um suporte transparente ou translúcido.
São vários os modos de obter esse resultado:
- Uma placa de vidro (século XIX).
-Um filme transparente originado de ampliação (laboratório fotográfico tradicional), hoje em desuso (infelizmente).
-Filme fotográfico obtido com uma impressora jato de tinta (solução atual).
Esse filme deve apresentar uma gama de tons: brancos não queimados e pretos com detalhes.

Nota: Sendo a heliogravura uma técnica tridimensional onde as sombras são traduzidas fisicamente por uma profundidade acentuada na gravura da matriz, um certo contraste será sempre bem-vindo.

Transferência da imagem para a gelatina


Primeiro, a gelatina (aplicada num suporte de papel) é imersa por alguns minutos numa solução de bicromato de potassio. Em seguida, são duas horas de secagem.
Esse trabalho é realizado embaixo de luz vermelha . De fato depois da imersão no bicromato, a gelatina é sensível a luz. Ela se torna mais ou menos solúvel em água conforme a quantidade de luz recebida: pouca luz recebida = solúvel , muita luz= insolúvel.
Depois de seco o papel gelatinado é posto em contato com o filme positivo e recebe uma insolação de luz ultravioleta. Que pode ser de três horas (exposição ao sol) ou alguns minutos (lâmpadas de vapor de mercúrio).

Transferência da gelatina para a chapa de cobre

Sendo a heliogravura um processo de gravura, é indispensável, fora alguns “efeitos especiais”, limpar até espelhar e desengordurar completamente a placa de cobre.
Cobre e gelatina são então imersos em uma solução de álcool e colados entre si.
Chegou à hora da revelação: assim como foi dito anteriormente uma simples lavagem com água ira dissolver as partes não expostas à luz (as partes de sombra da foto) e mantera as partes que receberam a luz (as partes claras da foto).
A chapa esta agora pronta para receber uma camada de colofônio (resina de araucária) feito uma fina
nuvem que recobre 50% da placa.
Em seguida a resina é queimada afim de seus grãos aderirem.

Explicação: essa preparação com a resina é indispensável; sem ela a chapa não teria estrutura nenhuma para reter a tinta. Pois o ácido corrói o metal entre os grãos de resina, deixando uma paisagem de picos e vales onde a tinta ficara ( técnica herdada da áqua-tinta).

A chapa agora está pronta para ir no acido.

O ácido

Num desses acasos históricos, a gelatina encontrou o ácido que até hoje é o seu companheiro de trabalho, insubstituível, o percloreto de ferro.

Nota: Esse ácido, em sua concentração máxima (isento de água) não atravessa a gelatina qual for a espessura dela.
Agora, a presença de água no ácido (algumas gotas por litro) muda tudo : a gelatina tem caráter hidrófilo(gosta de água); é essa água (feito uma chave), que abre o caminho para o ácido corroer o cobre da chapa.

Serão quatro ou cinco banhos de ácido (com diluições diferentes).
O primeiro, apenas diluído, atravessa as partes mais finas da gelatina( os pretos escuros da foto).
O segundo, com um pouco mais de água, as partes menos finas.
Até o último que tratara das partes mais espessas (os brancos da foto).
Quando ao ultimo branco o acido chegar, será o fim.
Lava-se a chapa e retira-se o que sobrou da gelatina.

A entintagem e a edição





Com o rolo, ou com uma “poupée” (pequena bola de pano), recobrimos toda a chapa duma camada de tinta.
As tintas que usamos são a óleo com pigmentos naturais, essencialmente pretas e sépias.
Haverá três limpezas com tarlatana (tipo de gaze grossa).Depois, será efetuada , diretamente com a palma da mão,uma ultima limpeza, para dar sutileza aos brancos.
Em seguida, a placa entintada é colocada na mesa da prensa, recoberta pelo papel de algodão umedecido e o feltro.
Roda se então a prensa ate que papel e matriz passam por entre os rolos.
A tinta logo é transferida para o papel; resta secar a prova, numerar e assinar.